domingo, 22 de fevereiro de 2009

A viagem à Serra da Estrela

O passeio à Serra da Estrela foi fantástico. O autocarro saiu do Centro de Estudo Oficina dos Talentos pouco passava das oito da manhã. Animados e com os miudos anciosos por chegar à neve tomamos os rumo da auto-estrada Porto-Lisboa, para depois seguir pela renovada A25 (antigo IP5). A primeira paragem foi na área de serviço de Aveiras. Enquanto uns tomaram café, outros optaram por tomar o pequeno almoço (é pena que os preços da alimentação sejam tão caros nas áreas de serviço, mas quem vai para estas coisas já sabe com o que conta). Quem não tomou nada aproveitou para aliviar a bexiga. Dali partimos em direcção a Viseu e seguimos para Seia. A ideia era visitar o Museu do Pão, equipamento cultural de grande valor pedagógico, pela mostra que tem patente e que ilustra o ciclo dos vários tipos de pão. Infelizmente e dado o grande número de visitantes que se desloca aquela cidade para ver tão importante núcleo museológico, não havia estacionamento livre para o autocarro. Nós ainda procuramos uma solução, mas tudo estava preenchido e as subidas do concelho não ajudam as caminhadas a pé (não era nada que não fizesse bem, pois algumas barriguinhas precisavam bem de ser abatidas). Mas enfim, avançemos porque se faz tarde. Decidiu-se então (decidiu-se que é como quem diz, a patroa decidiu, com o consentimento dos pais presentes) que iriamos tomar o sentido da subido à serra. Foi o que fizemos melhor. Paramos cá em baixo para almoçar. Foi tipo piquenique, mas cada um lá se arranjou coonforme pode. Ninguém passou fome e ninguém ficou sem comer. Até os pobres caezinhos aproveitaram para comer os restos dos turistas.
Saceado apetite de cada um iniciamos então a subida à Torre da Serra da Estrela. A decisão de termos avançado a visita ao Museu do Pão foi a mais acertada. Pois se tivessemos demorado mais teriamos apanhado muito mais trânsito e a dificuldade teria sido muito maior em arranjar sítio para estacionar o autocarro. Assim também ganhamos tempo para brincar mais demoradamente na neve.
Já em plena torre, a miudagem deu largas a sua (deles) imaginação e era quem mais atirava neve uns aos outros. Pais felizes e crianças contentes, o sorriso era a expressão que unanimente ilustrava o rdosto de cada um. Os pais pareciam ter voltado aos tempos de criança e os miudos regalavam em corridos sem fim e brincadeiras puras de quem vê neve apenas em dias de passeio. Andou-se de trenó, fez-se "scu", pulou-se, cantou-se e até houve quem tentasse fazer um boneco de neve.
Entretanto a Bruna, que como toda a gente sabe tem algumas necessidades especiais foi sempre acompanhada pela irmã e auxiliada pelo Carlos que com grande dedicação ajudou aquela jovem a viver mais um dia especial e de grande intensidade. Também ela teve direito a rebolar na neve, a brincar no gelo e a sentir-se uma criança igual a tantas outras.
As professoras acompanharam sempre de perto os miúdos e a Paula (a patroa como carinhosamente lhe chamam os seus colaboradores) não descansava um minuto. Sempre a ver se estafva tudo bem e sempre presente, pronta a resolver as ocorrências e imprevistos. Entretanto, a "Patroa" tinha levado consigo a máquina de filmar e não perdoava nada. Tudo era registado. Vamos ver agora os apanhados que ela vai fazer. Peripécias não faltam.
Fotografias foram tiradas as centenas, brincadeiras foram aos milhares, tudo coreu bem e como o previsto. Ao fim da tarde e depois de tudo conferido ao pormenor iniciamos a viagem de regresso. Seguimos de novo em direcção a Viseu, passando por Seia e voltamos a parar numa área de serviço para verter água (os mais adultos verteram alguma cerveja) e seguimos de regresso a Ermesinde.
Pelo caminho a equipa que ocupou os lugares da cozinha do autocarro cantou, brincou e até as professoras lá quiseram ir parar. Durante a viagem houve tempo para tudo. Os miudos cantaram, encantaram e até se prometeram namoros e casamentos. Houve até quem fizesse juras de amor e ficasse aguardar o sim da menina que envergonhada tapava a cara para ver o olhar puro de quem vive na idade da inocência.
Quem foi gostou e pediram que para o ano a iniciativa se repetisse.

As professoras da Oficina dos Talentos

Aqui fica a foto das professoras que foram. Nesta foto não vamos fazer comentários, porque deixamos isso ao critério dos seus alunos. É agora a hora da vingança... miudos, nos comentários, agora podem dizer de V. justiça... agora é que vão ser elas... Isto vai ficar interessante temos a certeza...

A foto de família da viagem à Serra da Estrela

Aqui está a foto de quase todos os que foram ao Passeio da Serra da Estrela. E dizemos quase todos porque aqui não estão de facto todos os que foram. Alguns deles estavam mais distantes e não os conseguimos chamar para virem tirar esta foto que ficará para a posteridade na história de cada um de nós que participou.
A viagem foi fantástica, muito participada e os miudos sentiram um dia intenso de alegria. Foi um convívio fantástico entre pais, alunos e professores. Fica lançado o repto à direcção do Centro: para o ano voltamos lá?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Amo-te muito meu filho…!

Ás vezes cometer um erro é a melhor maneira de se chegar a algum lado. Veja-se Cristóvão Colombo. Se não tivesse cometido um pequeno erro de cálculo, o mais certo é que nunca tivesse desembarcado na América, mesmo que o fizesse, convencido que tinha descoberto o caminho mais curto para a Índia.
Na educação das crianças, erros de cálculo são frequentes. Como são frequentes os nossos próprios erros na sua educação. Não existem Humanos perfeitos (graças a Deus) muito menos Pais e Educadores perfeitos. As crianças cirandam de ocupação em ocupação. E tanto o Estado como a Sociedade Civil, ainda não “procuraram” solução para esta questão. Bem sei, que para muitos Pais e muitas mentalidades, é um “bem” a criança estar ocupada nos atelier´s, nas escolas, nos colégios, nos jardins. Não “chateiam”, não “ocupam” o seu tempo. E são esses Pais, que na sua época, brincavam nas ruas, corriam por jardins, jogavam á bola em qualquer local e aprendiam cedo e aos trambolhões a andar de bicicleta.
Hoje, são esses que não “têm tempo” para os filhos, que se zangam se sujam o calção ou o bibe e se zangam também se “descobrem”que os filhos nem de bicicleta sabem andar. E se por um lado os ocupam, por necessidade funcional ou familiar, por outro querem enchê-los de informação para que sejam uma espécie de “Heróis do futuro”. São eles que “despejam” crianças em horários de desporto, “empurram-nas” para atl´s, “encostam-nas” em cursos de línguas e catequeses, e o tempo que sobra para brincar, para serem verdadeiramente crianças, não existe.
Deixam de ter tempo para conduzir as suas brincadeiras e crescem com a responsabilidade da competição, numa sociedade cada vez mais marginalizadora, competitiva e pouco social.
Os espaços de aprendizagem e sociabilização estão-se a perder, o pouco tempo que os pais passam com os filhos, por outro lado, faz com que sejam mais protectores, e assumam muitas vezes pelos próprios filhos, as responsabilidades e obrigações destes.
É a desculpabilização sistemática e a permissão para quase tudo, como compensação pelo pouco tempo passado em conjunto. Criam-se assim crianças sem regras, sem margens definidas, sem comportamentos adequados. As crianças já não vêem nos Pais alguém que os cuida e com quem podem contar, quase não os vêem. O seu herói, o seu Porto de Abrigo. Alguém a quem imitar (a criança necessita dessa ferramenta no seu processo de crescimento interior). A posição corporal, o manear das mãos, do corpo, do pentear, das expressões, são cópias dos Pais.
Os Pais, por sua vez, vivem com o pensamento no “melhor” dos filhos. E mergulham em ansiedades e angústias de contornos particularmente patológicos.
Nos séculos passados, a vida dependia do berço em que se nascia, da fortuna familiar ou posição social. Hoje, a criança vive mergulhada numa piscina, salta barreiras de atletismo, gravita no jardim-de-infância, escuta lições de piano, fala inglês e francês, conhece geografia, geologia e meteorologia, tem explicações, e tornam estes dez-reis-de-gente, em potros de competição.
A vida já não se vive, compete-se. Crescem, tornando-se licenciados, com um grau académico X, bom atleta de valor Y, um profissional de excelência, com um emprego de truz, férias de traz, uma casa de sonho de elevado valor, restaurantes de luxo, ginásios de elite, uma mulher fina, com unhas de gel, sobrancelhas postiças, mamas com silicone, lábios tratados na "Michelyn", loira e bem vestida. E ele com consultas de luxo em clínicas de Psiquiatria dos Alpes Suiços toma doses cavalares de Prozac – mas isso não interessa nada - a vida dele é realmente um sonho, foi isso que os pais programaram.
E os Pais? esses, olham-se um dia ao espelho e revivem os poucos momentos passados com os filhos. Afinal o que sabem deles? O que partilharam? Que dificuldades sentiram? Que diálogos tiveram? Quantas feridas trataram? Quantas idas ao Pediatra? Quantas fraldas mudaram e banhos lhes deram ? Quantas vezes o abraçaram, beijaram, aconchegaram a roupa e disseram simplesmente…. Amo-te muito meu filho…!
*Em homenagem a todos os pais, filhos e encarregados de educação. Para que possamos mereçer o respeito de sermos pais e filhos e assumirmos de vez laços e afectos e esquecer os preconceitos.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Está a chegar o dia do passeio à Serra da Estrela

Está em velecidade de cruzeiro a preparação da viagem à Serra da estrela. Está quase a chegar o grande dia. É já sábado, que logo pela manhã se irá iniciar a viagem num luxuoso autocarro de 60 lugares. Pais, alunos e professores do centro de estudo Oficina dos Talentos andam todos entusiasmados. Adivinhar pela fotografia a viagem promete cenários de rara beleza.
O passeio contempla ainda uma visita ao Museu do Pão, em Seia e o almoço será tipo piquenique para que o convívio entre todos seja um dos pontos fortes desta viagem.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Resultado da 3ª Fase da Operação Tampinhas

A LIPOR promoveu no dia 23 de Julho de 2008, o Evento de entrega dos Donativos resultantes da 3ª fase da Operação Tampinhas. Com a Operação Tampinhas, a LIPOR incentivou a Sociedade Civil a separar tampas em plástico de embalagens, entregá-las separadamente na LIPOR, ou nas Instalações das Câmaras Municipais associadas, bem como em Instituições Públicas e Privadas da Região.
Nesta fase da Operação Tampinhas LIPOR que decorreu entre Setembro de 2007 e Maio de 2008, acumulou-se um total de cerca de 59 toneladas, que dá um total de cerca de 40 000,00 € de receita. O produto da venda das tampinhas reverte integralmente a favor da compra de material/equipamento ortopédico e similar para doação a Instituições e particulares. Nas 3 fases da Operação Tampinhas que decorreram entre Abril de 2006 e Maio 2008, acumulou-se um total de cerca de 127 toneladas, que rendeu um total de cerca de 82 000,00 € de receita que reverteu a favor de 71 Entidades.
As Instituições beneficiadas foram seleccionadas pela análise dos pedidos que foram chegando durante o período em que decorreu a 3ª fase, e tendo por base os critérios definidos no Regulamento Operação Tampinhas, disponível em www.lipor.pt .
O Grupo de Instituições e pessoas em nome individual seleccionadas da área geográfica da LIPOR, nesta 3ª fase são: APPACDM da Maia; Fátima Isabel Borges de Egas da Maia; Centro Social e Paroquial S. Nicolau; Lar das Irmãzinhas dos Pobres; José Henriques Meneses Simas; Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim; Liga dos Amigos do Hospital Distrital da Póvoa de Varzim; Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim; Maria Cândida Silva – Póvoa de Varzim; Centro de Saúde da Póvoa de Varzim; Centro Social Bonitos de Amorim; MADI – Movimento de Apoio ao Diminuído Intelectual; Oficina dos Talentos – Centro de Estudo; Bombeiros Voluntários de Valongo; Maria Olga Silva Ribeiro de Gondomar; Bombeiros Voluntários de Rio Tinto; Cruz Vermelha Portuguesa – Núcleo de Matosinhos; Tiago Miguel Venâncio Barroso de Matosinhos; Banco de Ajudas Técnicas de Leça do Balio e CERCI de Espinho.Fora da área da LIPOR foram seleccionas as seguintes Instituições e pessoas em nome individual: Centro de Convívio da Serra do Pilar: CERCI Feira; Associação Humanitária Bombeiros Voluntários Vila Praia de Âncora; APPACDM de Vila Nova de Gaia; APPACDM – Anadia; Centro Social Paroquial de Cervães; Associação Cultural e Recreativa de Travassós (Fafe); Alzheimer Portugal – Delegação do Norte; CERCI S. João da Madeira; Paulo Manuel Silva Oliveira de Braga e a Probanca – Associação para o Desenvolvimento Sócio - Cultural da Branca de Albergaria-a-Velha.Este é o resultado de uma vontade comum, Escolas, Municípios, Cidadãos anónimos, Sociedade Ponto Verde e a empresa Micronipol, entre muitos outros, que através de um pequeno gesto, defendem duas causas, o ambiente e a solidariedade.A LIPOR é a entidade responsável pela gestão, valorização e tratamento dos resíduos sólidos urbanos produzidos pelos Municípios associados: Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde.
A LIPOR trata anualmente cerca de 500 mil toneladas de resíduos sólidos produzidos por 1 milhão de habitantes. Sustentada nos modernos conceitos de gestão de RSU, a LIPOR desenvolveu uma estratégia integrada de valorização, tratamento e confinamento dos RSU, baseada em três componentes principais: Valorização Multimaterial, Valorização Orgânica e Valorização Energética, complementadas por um Aterro Sanitário para recepção dos rejeitados e de resíduos previamente preparados.

Para mais informações:

Gabinete de Relações Internacionais e Institucionais

Tel: 22 9770100

In site LIPOR